sábado, abril 29, 2006


"tive de viajar a toda a volta do mundo para encontrar um nicho tão agradável e confortável como este. Quase parece incrível. Como poderia eu prever na América, com todo aquele fogo de artifício que nos metem pelo cú acima para nos darem genica e coragem, que a situação ideal para um homem do meu temperamento era procurar erros ortográficos? Lá, não pensamos noutra coisa senão virmos a ser, um dia, presidente dos Estados Unidos. Potencialmente, todo o homem pode ser presidente. Aqui é diferente. Aqui todo o homem é potencialmente um zero. Se se torna alguma coisa ou alguém, isso constitui um acidente, um milagre. (...) Mas é precisamente por as probabilidades serem todas contra um tipo, precisamente por haver tão pouca esperança, que a vida aqui é tão doce. Dia a dia. Sem ontens nem amanhãs."

Trópico de Câncer, Henry Miller.

quarta-feira, abril 12, 2006

Enrrabanço político:


Os jovens destruíram-lhe o pacote.

segunda-feira, abril 03, 2006

Ernesto, O ponta da lança na luta contra o mal, O cavaleiro da tristíssima figura, O último moralista, O Sebastião entre nuvens de tabaco, O defensor do bigode, O Alka Seltzer nesta azia deste mundo...

É envolvido neste espírito de dinamismo, patriotismo e objectivismo que o amigo Ernesto vos fala. E diz Ernesto:

"Amigos! Não vos deixeis cair neste marasmo conjuntural! lembrai-vos que ser português é ter a palavra navegar no sangue! No sangue e não na boca! Ser português não é amar! É amor! Ser português não é olho, é visão! Ser português não é ter braços, ser português é usá-los empunhando a espada!

Amigos! A palavra já não é o que era! Como "navegar", se as naves já voam? Como "abrir" se as portas só se fecham? "amar" até que amorte nos separe?

Amigos!A palavra tem de se adaptar! A palavra deverá acompanhar a evolução dos tempos e mutar-se graficamente para representar o objecto sobre o qual ela incide! "

E farto de esperar pela mudança de paradigma e arriscando a própria sanidade mental, Ernesto cria um novo alfabeto! Movido pela indignação e pela força da sua portugalidade, ernesto cria! Cria e vence!
A palavra terá um uso! A palavra será aquilo que representa!

E, nesta loucura, o primeiro passo foi tomado na tentativa de devolver a masculinidade perdida a uma palavra que, depois de valentes cowboyadas, se arrisca a tornar politicamente incorrecta:




Depois desta obra se seguirão outras tantas. Mas Ernesto não se sente capaz de atacar este desafio sozinho e pede a vossa ajuda. A tua ajuda. Contigo iremos repôr o significado da palavra. Contigo, meu valente português, continuaremos a desbravar mares de outros oceanos. Portanto manda a tua grande contribuição e une-te a este esforço que nos fará escrever novo capítulo na história da humanidade.


As palavras novas deverão ser enviadas para a caixa de correio habitual.

O ernesto precisa de ti.
Não deixes o ernesto na mão.