sexta-feira, setembro 30, 2005

segunda-feira, setembro 26, 2005

Prémio "sou o maior"

"Se eu fosse líder, o PS sofreria uma hecatombe nas eleições"

- Luís Filipe Menezes
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E porque a ilha ainda flutua sozinha, a primeira deportação: Laurinda Alves*. De uma forma previsível, e graças à continuidade e coerência do seu trabalho, a responsável pela revista "Xis" ganhou um bilhete de ida para um local paradisíaco, aonde se pode dedicar por completo ao trabalho editorial sem no entanto massacrar leitores. As razões? Todos os sábados com o Público. Não lhe desejo mal; desejo-a longe.

Próximos(as) candidatos(as):
-Bárbara Guimarães;
-Leitores da Xis;



* Laurinda é a responsável pela introdução do estilo de escrita "Evax" no circuito jornalístico português. Com um público alvo bem definido**, Laurinda presenteia semanalmente os leitores do "público" (leia-se o jornal) com uma bela mistura de espiritualidade, design ensosso, artigos impotentes e cultura zen. A "xis" devia ser vendida com aquelas colecções chill-out tipo "tantra", "mantra" ou "chantra" ou assim. Ooops. Já é.


**Mulheres pré-pós-em menopausa, já com os seus rebentos a atravessar alguma fase crítica da vida, apreciadoras de Daniel Sampaio, Júlio Machado Vaz, Paulo Coelho e Kenny G, consumidoras de pequenas jarras em inox que ficam lindas lá em casa.

sexta-feira, setembro 23, 2005

Katrina

O texto vai ser mais ou menos este.Com algumas alterações, nomeadamente se o furacão "Rita" atingir os states ou não (gosto da palavra nomeadamente, usada nomeadamente tantas vezes pelos nossos GNR's, pelo menos no meu imaginário de GNR's, nomeadamente).
Não sei se já repararam mas "Rita" e "Katrina" não têm somente em comum o facto de serem furacões, como também o género feminino. Só "el ninõ" escapa. Nota para próprio: propor a mudança de nome de "el ninõ" para "La ninã", por uma questão de coerência.
Bem.
Só não tenho título, porque deambulei um pouquito e não falo só de katrinices.
Quero agradecer ao ppl que mandou links de imagens, NOMEADAMENTE a joana, o noasfalto e o(a)idancealone.
Obrigado mesmo, não contava com uma resposta tão rápida e tão NOMEADAMENTEboa.

Bem, eu sei que não vão ler isto. Eut também não o lia, pq é mt grande para um blog. Portanto eu faço-vos um resumo: é o melhor texto sobre o katrina que vão encontrar por aí.

Té logo
Ernesto, o presunçoso

(Aceitam-se muitos comentários, porque isto ainda é alterável, pelo menos até ao fim da tarde de amanhã. é só um esboço; tentei ser imparcial. juro. mas não consegui;primeiro porque isto é um review, e não preview, e não interessava estar somente a relatear os factos de uma tragédia que aconteceu à um mês; depois, porque ainda não tenho a maturidade suficiente (nem literaria nem pessoal) para ser objectivo e não cair na tentação de criticar, que eu tanto aprecio; não consigo deixar de encontrar culpados, pronto.
ATENTOS, que ainda devem andar mts erros por aí.

Té logo
Ernesto, o humilde)




Katrina


Tragédias sempre fizeram parte integrante do mundo, revestindo-se de formas diversas, quanto à origem, consequência e destino das mesmas; seria no entanto impensável catalogá-las por importância, e o simples raciocínio sequencial da tarefa é inumano. Só o choque é comum a todas elas, colocando-nos em sentido perante a nossa humanidade e revelando a fragilidade da espécie humana, quando comparada com a força da natureza, ou mesmo a frieza da própria espécie.
A História encarrega-se de esfriar os ânimos e de adormecer a dor, mas o choque visual e moral que retemos da observação desses fenómenos propaga-se no tempo, sobre a forma de cogumelos poeirentos no ar, cemitérios recheados, florestas de cinzas, cidades inundadas ou simples números, falsos reveladores da grandeza da morte.

Causas
Os furacões, que têm no “Katrina” o seu representante mais mediático, não são exclusivos da nossa era, nem sequer de regiões demarcadas. A sua existência precede a nossa, enquanto raça, e enquanto seres utilizadores de recursos naturais, sejam eles o petróleo ou a madeira. Para se formar esta tempestade são apenas necessárias temperaturas oceânicas acima dos 80 graus fahrenheit, a sobreposição de uma atmosfera fresca e húmida sobre uma quente e igualmente húmida, e um distúrbio temporal pré-existente. Não é um fenómeno causado pela acção humana, que certamente dispensaria os seus efeitos devastadores. Contudo, quanto mais quente for o núcleo, maior a intensidade da tempestade, acelerando os ventos. Assim, o aquecimento global intensifica e alimenta a força do furacão; a temperatura do oceano é um ingrediente crítico para a formação do “Katrina”, logo o aumento da temperatura potencia a catástrofe. E o aquecimento global, esse, é gerado pelo Homem. E, já se sabe, não há almoços grátis – tudo se paga.
“Qualquer tentativa de acordo que se assemelhe ainda que vagamente ao protocolo de Quioto terá a oposição dos Estados Unidos. Jamais assinarei um acordo que limite as emissões de dióxido de carbono; essa seria uma medida que deixaria a nossa economia de rastos “- George W. Bush.
Ainda que a afirmação seja atribuída ao presidente Norte-Americano, o pensamento global tende para esta mesma máxima; a de que é intravável o progresso pelo petróleo, e de que qualquer energia alternativa ameaçaria um dos maiores casos de sucesso comercial da história humana.
A lógica económica da escassez petrolífera não pode ser contrariada, para que seja mantido o sistema actual; porém, tal opção incorre noutro tipo de custos, sendo “Katrina” a face mais conhecida dessa factura. Não é porém a única: Em Los Angeles, Califórnia, caiu neve no início deste ano; houve seca em Portugal e Espanha; chuvas matam 1000 pessoas em Bombaim, Índia, num só dia; na Escandinávia, ventos de 124 milhas por hora obrigaram ao fecho de centrais nucleares; no Arizona, uma onda de calor elevou as temperaturas para os 110 graus fahrenheit e matou mais de 20 pessoas numa semana. Ao fecho desta edição, o furacão “Rita” ameaça atingir o Texas com a mesma intensidade que o “Katrina” devastou Nova Orleães.
Para que o ambiente estabilize, é necessário reduzir o consumo de petróleo e carvão para 70% dos níveis actuais. Só dessa forma é possível controlar as flutuações ambientais, que resultam no agigantamento de fenómenos que, ainda que naturais e portanto imprevisíveis, são potenciados pelo aquecimento global.
A tragédia poderia ter sido menor se a intervenção das autoridades competentes fosse mais rápida; existe documentação alertando para o risco de Nova Orleães ser atingida por um furacão desde 2002. É sabido que a situação geográfica do estado do Luisiana o torna permeável a este tipo de catástrofes, em especial Nova Orleães, por se encontrar protegida por diques. Ainda assim, a capacidade de resposta do Governo Federal Norte-Americano não foi nem rápida nem eficiente, e o próprio Presidente admitiu a sua responsabilidade nesse falhanço. Tivesse a tragédia ocorrido noutro lugar no mundo, e os efeitos seriam porventura maiores; porém, a prevenção adequada atenuaria os efeitos nefastos do furacão. Ao invés, as falhas de coordenação só contribuíram para ampliar a catástrofe.

Consequências
É difícil contabilizar a importância dos danos da passagem do “Katrina”: se a perda de estruturas e de capacidade competitiva é mensurável, as vidas não o são. Ainda que o número de mortos pretenda estimar o horror da tragédia, esse cálculo subestima sempre a grandeza da morte; não é sequer perceptível a dimensão social da devastação; pilhagem, violação, morte e doença passaram a fazer parte do quotidiano da cidade inundada.
Na cidade de Nova Orleães, 25% da população vivia abaixo da linha da pobreza do país, população essa que não dispunha de viaturas próprias ou de recursos adequados para escapar da área atingida; assim, foram essas as vítimas privilegiadas do furacão. O aspecto racial que sobressaiu nas imagens transmitidas pelos “media” são apenas o reflexo da distribuição étnica da cidade, que contava com 70% de população negra; nenhuma raça em específico foi atingida, pois os furacões não têm a capacidade, exclusivamente humana, de praticar xenofobia.
No Golfo do México e no Estado do Luisiana encontram-se as grandes explorações petrolíferas Estado-Unidenses, e a sua destruição e paralisação conduziu a um aumento drástico do preço do petróleo: em Nova Iorque, o valor do combustível aumentou em cerca de 60%.
O secretário Norte-Americano do Tesouro, John Snow afirmou que a passagem do ciclone, e consequente destruição de partes cruciais da infra-estrutura petrolífera e portuária dos Estados Unidos, constituirá um grande golpe para a economia. O custo dos prejuízos ascenderá a valores superiores a 100 mil milhões de dólares. A importância do petróleo, como energia comum a quase todo o tipo de produção e a globalização encarregar-se-ão de multiplicar estes custos, e de os distribuir pelo mundo fora.
Politicamente, George W. Bush sai com a sua imagem pública prejudicada, e vê a sua liderança questionada, quer pela intervenção tardia aquando da situação de crise, quer pelo aumento drástico do preço da gasolina.

Reflexões
Uma grande catástrofe incentiva sempre à reflexão. Ponderam-se as causas que despoletaram o fenómeno, medem-se as consequências do mesmo e tenta-se (arrisca-se) tirar conclusões; no caso do furacão “Katrina”, as consequências não estão ainda completamente consumadas, e é difícil atribuir culpas a uma só entidade, seja ela natural ou humana.
Ainda assim, é possível observar um nexo de causalidade entre a força da destruição do “Katrina” e o aquecimento global, que advém, por sua vez, da lógica que rege a nossa sociedade; o crescimento económico está acima de todos os conceitos, incluindo o de desenvolvimento sustentável. O capitalismo é, enquanto motor de crescimento, o máximo potenciador da criação e do conhecimento conhecido. Não serve, no entanto, uma lógica de bem-estar, quer social, quer ambiental, quer regional; tem uma natureza própria, de lucro.
Na medição do crescimento económico, utilizam-se medidas como o Produto Nacional Bruto (PNB), que varia de forma positiva com o investimento, o consumo de uma nação e os gastos públicos; ainda que o consumo caia nos Estados Unidos, o investimento público e privado usados na reconstrução do Estado do Luisiana irão contribuir para um aumento do PNB; paradoxalmente, a destruição causará crescimento, de um ponto de vista económico. O crescimento económico é assim medido de uma forma incremental e vazia de outros contributos, sejam eles sociais, ambientais ou regionais.
A lógica económica do crescimento está então correcta, se considerarmos apenas indicadores autistas e vazios de conteúdo; se incluirmos nessa mesma equação, todas as consequências que advêm da exploração da Natureza e do Homem pelo próprio Homem, os resultados poderão ser diferentes; divergentes, até: poderá ser uma questão de contabilizar os custos anuais da destruição causada pelo ambiente que foi potenciada pelo Homem, e incorporá-la em medidas como o PNB, adicionando-lhe uma componente de custo ambiental.
Mas a verdade é que o capitalismo corre a petróleo, e só com o esgotamento da actual dinâmica é que surgirão condições para a mudança do motor catalizador da humanidade. Porém, assumir que o planeta e seus recursos permanecerão os mesmos enquanto não se encontrar nova rota é errado, como nos lembra o “Katrina”, “El Niño”, ou os fogos em Coimbra. A procura de soluções alternativas urge.
Ou então, para dormir tranquilo e sem medo do futuro, o truque é assumir, como John Maynard Keynes, que no longo prazo estaremos todos mortos.

quinta-feira, setembro 22, 2005

Help!

Preciso de esolher uma imagem para acompanhar um texto sobre o katrina.
Ajudem-me!
(a imagem será impressa a preto e branco...penso eu)
mandem para Psorocha@gmail.com se virem algo de jeito.

a pesquisa de imagens do google não tem grande coisa, infelizmente. Aliás, se a keyword usada na pequisa for apenas "katrina", o primeiro resultado é o seguinte:



depois (amanhã?) deixo aqui o texto.





segunda-feira, setembro 19, 2005

Factura

Feiras Novas? Tão boas que nem deu para tirar fotos.
O problema é a ressaca.


O corpo não perdoa o copo, e resmunga por ter sido obrigado a ingerir quantidades exageradas de cerveja durante uns dias. Tem direito, sim senhor. Afinal, se o dono é um mimado, porque não pode ele ter as suas birras?
A segunda-feira aparece como uma ferida aberta na carne, mesmo para nós, os privilegiados, que só têm de acordar para ir à faculdade tratar de uns horários, inscrições e falar com profs. por causa do formulário E-2131978687564 porque uns anormais em Itália se esqueceram de mandar o certificado a tempo.

E como os génios precisam de muito menos palavras para definir algo, cantemos como o poeta: “Quando a cabeça não tem juízo, o corpo é que paga”

Mas valeu a pena. Ou como diria o outro poeta, "Tudo vale a pena, se entretanto não tiveres um aneurisma".

Volto mais tarde para falar das Feiras Novas. De momento, vou pagar a factura debaixo dos lençóis.

E já que estamos numa de citações:

"remote control, to change the station/
But that won't change your situation"
-Beastie Boys

quinta-feira, setembro 15, 2005

Abortos são eles.

In Público:
PS entrega projecto de resolução para novo referendo sobre o aborto

"O primeiro-ministro e secretário-geral socialista, José Sócrates, considera que este é “o momento para se fazer um novo referendo", sublinhando que esta "é uma questão de honra" para o partido.Alberto Martins recusou-se a apontar uma data para a realização do segundo referendo sobre aborto (o primeiro foi em 1998), alegando tratar-se de "uma competência do Presidente da República", Jorge Sampaio. No entanto, acrescentou que o PS espera que o referendo seja marcado para "um período antes das eleições para a Presidência da República", que estão previstas para Janeiro de 2006.Interrogado sobre a razoabilidade de um referendo entre as eleições autárquicas de 9 de Outubro e as eleições para a Presidência da República, o líder parlamentar do PS procurou desdramatizar a questão, defendendo que "o mesmo acontece em outras democracias no mundo". Para José Sócrates, este "é o momento para se fazer um novo referendo" sobre a despenalização do aborto. "Eu compreendo que a oposição não queira, mas acho que este é o momento para se fazer um novo referendo", declarou aos jornalistas, à entrada para a reunião do grupo parlamentar socialista.O dirigente socialista diz que esta "é uma questão de honra e de convicção para o PS”. “Não é uma matéria de oportunismo político. Não olhámos para o calendário verificando qual seria o momento mais oportuno para o PS", sustentou, defendendo que "há um consenso suficiente na sociedade portuguesa para que as mulheres que fazem uma Interrupção Voluntária da Gravidez não sejam criminalizadas, não sejam levadas a tribunal"."

A institucionalização da hipocrisia.

Se "é uma questão de honra", José Sócrates, Primeiro Ministro eleito democraticamente pelos Portugueses, deverá ser fiel às suas convicções e ter confiança em si próprio, confiança essa que lhe foi dada pelos eleitores ; a honra mede-se no confronto com os compromissos e não estimulando referendos dúbios e de nehum carácter vinculativo; é bom manter o contacto com a vontade do eleitorado, mas as decisões são para ser tomadas, quaisquer que sejam as consequências. Especialmente quando a "honra" está envolvida.

""um período antes das eleições para a Presidência da República", que estão previstas para Janeiro de 2006"
Talvez dê jeito o desviar de atenção para esta situação, retirando importância a outra eleição em Janeiro, cujas sondagens têm sido desfavoráveis ao PS; talvez estejam a tentar captar o eleitorado de esquerda, com uma medida radical, tal como Soares atacou os americanos, numa estratégia à Freitas do Amaral.
Pessoalmente, sugiro a Sócrates que estimule o apoio ao referendo, porque assim capta votos à esquerda, mas sem dizer que é claramente a favor, ou arrisca-se a perder votos à direita. Também sugiro a formulação de um refendo confuso e insatisfatório, fazendo render assim o peixe ao PS e ao Bloco; o PS mantém-se honrado, ainda que tenha proporcionado um referendo estéril e despropositado; o Bloco ganha tempo de antena, uma vez que a pasta do aborto representa um terço do programa eleitoral bloquista. E o Bloco é importante, para oferecer os votos a Mário Soares, lá mais para a frente.

O líder parlamentar do PS procurou desdramatizar a questão, defendendo que "o mesmo acontece em outras democracias no mundo", que é o mesmo que dizer “eles também fazem, porque é que a gente não pode?”; uma estratégia madura e sólida usada por parte dos socialistas, que são antigos adeptos deste tipo de argumentação, já desde… crianças.

um consenso suficiente na sociedade portuguesa para que as mulheres que fazem uma Interrupção Voluntária da Gravidez não sejam criminalizadas, não sejam levadas a tribunal".
Pois, então se existe, porque fazer um referendo? Para aproveitar fundos europeus?

Eu compreendo que a oposição não queira”, e eu aposto que o jornalista não lhe perguntou isto, mas a demagogia já lhe está no sangue... o tipo treinou tanto tempo para ser político, que ser populista já não é uma opção.

Não é uma matéria de oportunismo político. Não olhámos para o calendário verificando qual seria o momento mais oportuno para o PS". Esta é a minha parte favorita, onde Sócrates, usando recursos de estilo, revela as suas verdadeiras intenções: ora experimentem retirar a partícula negativa "não" às duas afirmações do nosso Primeiro.
Brilhante, engenheiro, brilhante. O subconsciente tem maneiras interessantes de se revelar... mas à imprensa, José?


Épa, a política é cansativa mas muito engraçada.Vejam lá a quantidade de piadas que estes gajos disparam, num artigozito de 300 palavras. E depois perguntam-se porque é que existem tantos humoristas em Portugal.

segunda-feira, setembro 12, 2005

Born in the U.S.A.




"Sneak these on your friend, husband, boss or even your wife's car.
You must know someone who needs some balls! "
- Bumper nuts

sábado, setembro 10, 2005

Sweet


Napoleon Dynamite, a comédia do ano. De muitos anos, aliás. Não via um filme tão engraçado desde o "Royal Tennenbaums". Uma estética fantástica, uma banda sonora terrivelmente competente e ajustada, actores surpreendentes, obviamente escolhidos a dedo pelo seu passado de "geek" na escola. Um humor melancólico, de uma sinceridade brutal. Pormenores brilhantes, um genérico apetitoso, ao som de White Stripes... fenómeno. Blá, blá,blá.
Mas atenção, eu não percebo nada de comédia, apenas gosto de rir.
Agradeço a este senhor pela recomendação.


P.S.: No fim de Rambo 3, antecedendo o genérico final, surge no ecrã a seguinte mensagem"This movie is dedicated to the galant people of Afghanistan". Gostaria assim de salientar o papel pacificador de John Rambo, na resolução de conflitos na zona árabe. Qual profeta, desculpando-se de uma futura guerra. Rambo, no seu melhor. Sweet.

sexta-feira, setembro 09, 2005

Quinta feira à noite, pós-exame

-00h:01m

mmm. Sobrou strogonoff do almoço de ontem. Vai, Microondas, vai.
Rambo 3, na TVI.

goodie, goodie.



"Dix it"s e mais cenas:

-"I've fired a few shots"
John Rambo, Rambo 3

-"O Miguel não gosta do Benfica. O Miguel gosta de dinheiro."
Luís Filipe Vieira, Presidente do SLB

-"Ninguém brinca com essa grande instituição que é o Sport Lisboa e Benfica"
idem

-"Ridículo!"
Mário Soares, meio ano atrás

-"Óbvio."
idem, hoje

-"I am the special one"
José Mourinho, o maior


Sugiro a candidatura de José Mourinho à presidência, com o seguinte slogan:

"Porque com ele, nós acreditamos;
Porque nele, nós acreditamos;
Porque com Mourinho, é so ganhar."

Sugiro também que se remova o Natal, de forma a aumentar a produtividade total do país.
(a produção marginal é um conceito teórico e autista, e uma hora de trabalho é sempre uma hora de trabalho).

Sugiro a remoção das palavras "ignorante" e "estúpido" do vocabulário português, trocando-as por "ingénuo(a)".

Sugiro ao Público uma redução nos custos de produção, acabando com a revista "Xis".

Sugiro um contrato vitalício entre o Herman José e a Sic.

Sugiro uma volta ao mundo, para a Bárbara Guimarães.

Como companhia para a Bárbara, sugiro a Laurinda Alves.

Como companhia para essas duas, sugiro o livro "Elas não percebem nada", de Vernon Sullivan

Tomem lá disto, foram tiradas este ano, em Itália, cortesia da Sara e da Joana:

quarta-feira, setembro 07, 2005

A ilha


Algures no oceano, a ilha navega. A ilha é pequena, rodeada de água e de uma barreira de coral, que a protege das intempéries e a fornece de enormes quantidades de peixes e cores. A chuva é doce, o mar é morno, o Sol brilha, mas não queima. Os corpos são esculturais, as plantas e as pedras também. Os cocos caem dos céus, já partidos e prontos a sorver.
Ao final da tarde, num bar colonial, o Herbie Hancock toca piano, e os burgueses trocam impressões. Os informados lêem o jornal, os leitores veneram as páginas, os intelectuais disputam pontos de vista. Fecham-se os livros, joga-se à bola, brinca-se com as crianças, conquista-se o sexo oposto com valsas e tango. Os peixes chegam para o jantar, e alguns sabem à melhor das carnes, dependendo apenas da vontade do freguês.
Ao adormecer, depois do café e dos morangos com chantily, depois dos corpos e do amor, nenhum habitante sente desejo. A mais pequena vontade de volúpia, saber, amor ou de vida é totalmente preenchida diariamente. Aquele que dorme, fá-lo de consciência limpa, tranquila, e com uma sensação de plenitude inatingível por qualquer ser humano fora da ilha.


Os meus inimigos têm como destino o inferno.
Mas aquelas pessoas que irritam, aquelas que eu até gostaria que “puff!” deixassem de existir, mando-as para a ilha. Onde podem morar sossegadas, preenchidas, mas longe de mim e do mundo.

Sim, é egocêntrico. Sim, é um pouco nazi. Sim, quem sou eu para fazer essa selecção. Já chega, ou mando-te para a ilha.


Com isto, queria introduzir-vos esta nova rubrica da Cantina do Olho. Periodicamente, mandarei pessoas, sem qualquer tipo de respeito pelas próprias, para a ilha. E sem retorno.

Legitimizo assim aqueles piquenos ódios de estimação por pessoas como a Laurinda Alves ou o Luís Filipe Vieira (completamente infundados porque não os conheço), mandando-os para um paraíso, mas longínquo. Posso então iludir-me, pensando estar a praticar uma boa acção ao livrar-me destas pestes.


Ah. Bom.

terça-feira, setembro 06, 2005

O génio nunca sai de moda

"O DANTAS É UM SONETO D'ELLE-PRÓPRIO!
O DANTAS EM GÉNIO NUNCA CHEGA A PÓLVORA SECCA E EM TALENTO É PIM-PAM-PUM!
O DANTAS NÚ É HORROROSO!
O DANTAS CHEIRA MAL DA BOCA!
MORRA O DANTAS, MORRA! PIM!
O DANTAS É O ESCARNEO DA CONSCIÊNCIA!
SE O DANTAS É PORTUGUEZ EU QUERO SER HESPANHOL!
O DANTAS É A VERGONHA DA INTELLECTUALIDADE PORTUGUEZA! O DANTAS É A META DA DECADÊNCIA MENTAL!
E AINDA HÁ QUEM NÃO CÓRE QUANDO DIZ ADMIRAR O DANTAS!
E AINDA HÁ QUEM LHE ESTENDA A MÃO!
E QUEM LHE LAVE A ROUPA!
E QUEM TENHA DÓ DO DANTAS!"

por José de Almada-Negreiros
POETA D'ORPHEU, FUTURISTA e TUDO



Para actualizar e personalizar este manifesto(sacrilégio!, mas o texto também é de quem o lê), basta trocar o nome "Dantas" por o de uma pessoa pela qual não nutra os sentimentos mais católicos.

Ou associar a "Dantas" um pacote de qualidades indesejáveis e assim representá-lo como a imagem do "Homem mau" que sempre lhe povoou a cabeça, desde o primeiro juízo de valor que emitiu. Mas este é um exercício vedado a todos aqueles que, ao contrário de nós, não sentem rancor.

O rapaz era futurista, sim senhor. PIM

segunda-feira, setembro 05, 2005

Keepin' it real


Porque a pseudice é um bicho, que precisa de ser combatido:





Dedicado a ti, JoNi

sábado, setembro 03, 2005

Babilónia

Na cultura hebraica, a torre de Babel é usada como a alegoria que representa a vontade de chegar perto dos céus, da criação ou do Senhor; materializa a prepotência do humano, que insiste em medir forças com o seu criador, criando os "Portões de Deus".

A Babilonia é usada no novo testamento como referência a Roma, ao império, ao poder da opressão da corrente dominante, que mantem o mundo sobre pressão e agonia constante.

A torre caiu. Roma caiu. Napoleão caiu. Espanha caiu. Os austro-húngaros caíram. Os czares caíram. Estaline caiu.

A história não é determinística ( recuso-me a aceitá-lo), mas bem poderá ser cíclica. Repete-se, repete-se, mas tal e qual como um mau aluno, o humano corrente, o que vive nesta época, recusa-se a aceitar as suas lições. Paciência.

Esperemos que o próximo império caia, mas que faça pouco barulho.

quinta-feira, setembro 01, 2005

Katrina e a Bíblia

Apocalypse.

Os Palestinianos estão com o seu Deus, que lhes prometeu a terra prometida. As constantes atrocidades que o Homem comete para com o seu planeta e raça não passaram impunes aos olhos do Senhor.

Então Deus enfrentou o Farao texano-ocidental e disse-lhe: "Sou o teu criador/Deixa os meus em paz/ A terra pertence a ninguém". Ao que o regente terreno respondeu: "Pai só há um, e foi presidente antes de mim."

E Deus lançou a primeira praga da Nova Bíblia, fazendo-os pagar pelos seus pecados. E disse:
" Que a água rodopie nos céus /Que a pedra se desfaça ao seu toque/ Que Ela semeie a destruição", e avisou os seus fiéis para colocarem um ecoponto à frente das suas residências. " Os que forem pela natureza/Não serão vítimas dela".



E Katrina veio. E só os que reciclam sobrevivem.



Kyoto rula, e a natureza responde.