quinta-feira, janeiro 22, 2009

Janis & Obama

Oh Lord, won’t you buy me an Obama doll?
My friends all have Clintons,and Kennedys too.
Voted hard all my lifetime, no help from Washington,
So Lord, won’t you buy me an Obama doll?

Oh Lord, won’t you buy me an Obama suit?
I Hope and I'm confident that it will fit me.
I prayed for Change, each day till I was free,
So oh Lord, won’t you buy me an Obama suit ?

Oh Lord, won’t you buy me a trip to Washington ?
I’m counting on you, Lord, please do it before I'm done.
Prove that you love me and book me the next flight,
Oh Lord, won’t you help me see Obama in Washington?

Everybody!
Oh Lord, won’t you buy me an Obama doll?
My friends all have Clintons,and Kennedys too.
Voted hard all my lifetime, no help from Washington,
So Lord, won’t you buy me an Obama doll?

That’s it!


Janis & Obama, by Pedro Rocha - uma interpretação livre e messianica de "Mercedes Benz" (Janis Joplin).

segunda-feira, janeiro 19, 2009

thoughts

A man's got to do what a woman says a man's got to do.






quinta-feira, dezembro 18, 2008

Expectativas.

Ontem à noite, no Passos Manuel.



O Manuel Cruz e o Jorge Coelho juntaram-se à esquina, a tocar a concertina e mais uns quantos instrumentos aparentemente improvisados. Uma estranha cacofonia, que o Jorge pautava com umas guitarradas cruas (que às vezes, mas só às vezes, roçavam o melódico) às quais o Manel (assim mesmo, "manel", à fozeiro com cabelo penteado pela nortada) adicionava umas camadas de percursão, megafones, gravadores, rádio e sons autistas. Uma total ausência de progressão ou construção nas músicas. Uma incoerência total: o Manel movimentava-se em palco arrastando-se (literalmente...) de instrumento em instrumento sem qualquer tipo de lógica. E, experimentalismo por experimentalismo, a performance bem poderia não ter ultrapassado a porta da sua sala de ensaios, que imagino estranha e ligeiramente autista.

O que é pena. Quando se anuncia uma reunião entre dois criadores deste calibre, geram-se expectativas imensas. Cheguei ao Passos Manuel com a impressão de que poderia vir a assistir a um momento histórico na música portuense. Infelizmente, assim não foi.


E termino com uma piçada intelectualóide: depois de ter visto, há uns anos, o Fred Firth e o Marc Ribot dando os seus próprios shows experimentais, comecei a perceber que há autismos de boa e de má qualidade.

terça-feira, dezembro 16, 2008

Escrita de computador.

- Outro dia tentei ler um livro desse autor. Desisti da leitura na quinta página. Notava-se que ele escrevia ao computador.
- Avó, agora todos escrevem utilizando o computador.
- Pois,mas aquilo não era o autor, era o computador a falar. Era mecânico.



(Será que os mac's adicionam sofisticação e contemporaneidade aos nossos textos? Ou os desiludidos e banais PC's são o perfeito espelho do falhanço, cujas memórias exploramos no Word? )



(foto tirada daqui)

quarta-feira, dezembro 10, 2008

Entrando em cena, gentilmente...

...espreita o actor, ainda na pele do personagem, por detrás da cortina. A sala parece vazia. Atreve-se a dar uns passos a mais, na direcção daquele que antes fora o seu palco. Abre os grandes olhos e sussurra baixinho:

Olá. Está alguém desse lado?

segunda-feira, julho 09, 2007

Bijou, a rainha das putas

Ainda há poucos anos se sentava ela num café de Montmartre, qual Fátima oriental, pálida, mas de olhar ainda ardente.
Era o erotismo que comandava todo o corpo e o domava, com génio, a todas as formas de desejo. Era indecente, confesso. Era como fazer amor com ela em publico, no café, na rua, diante de toda a gente.
Era de facto a rainha das putas, vivia o acto de entrega em cada momento da vida, até mesmo quando comia; sentia-se pela posição do corpo, pela maneira como sentava o rabo na cadeira, que tudo estava a postos para o acto de entrega. E quando se ria era o riso erótico de uma mulher satisfeita, o riso de um corpo que goza por todos os poros, por todos os refegos, um corpo acariciado por todo o mundo.

Por vezes na rua seguindo-a sem ela saber, pude ver que até os garotos a perseguiam. Os homens seguiam-na antes mesmo de lhe terem visto a cara.
Era como se deixasse passar um cheiro animal.
Ao andar, deixava atrás de si um fino rasto de sémen, através do qual podia segui-la facilmente para onde quer que fosse.

(Anais Nin, Little birds 1979)

sábado, junho 30, 2007

Into the light

Deste belo site, a saída do famoso tunel de Monaco no Grand Prix de 1933.
Numa das grandes batalhas da História do automobilismo, o grande Achille Varzi no Bugatti T51 bate o ainda maior (mas azarento nesse dia) Tazio Nuvolari no Alfa Romeo Monza.

sábado, junho 23, 2007

Alvor

Faz uma pausa de alguns instantes, o olhar perdido no vago, o rosto impenetrável, e interroga-se “porque motivo a morte sobrevém ao alvorecer, assim como de resto, a maior parte das vezes o nascimento?”
O pai fechara os olhos na altura em que já era quase possível distinguir um fio branco de um fio preto. O mesmo sucedera com a mãe, o tio materno, a tia paterna e muitos dos seus mais íntimos companheiros. E todos aqueles cuja vinda ao mundo ouvira contar, fora ao alvorecer que tinham sido expulsos do seio materno e visto a luz do dia.
Porque razão os exércitos se punham em pé de guerra formando as suas colunas de homens em marcha para a morte, ainda antes dos primeiros clarores?
Como explicar a predilecção dos estrategas por esta hora do dia?
“O alvorecer significa a aproximação da hora em que fim e começo se tocam: a noite acaba e o dia desponta”
(Gamal Ghitany, O apelo do poente, Livros do Brasil 2000, pág. 12)

terça-feira, junho 19, 2007




"tiny tears make up an ocean"


-tiny tears, tindersticks

Punk lover

Amo a liberdade!
Por isso as coisas que amo deixo-as livres...