sábado, maio 21, 2005

O texano demolidor


Yupie-kye-ay

ai sim?

Directamente do baú

in J.U.P.
O Triunfo dos Porcos
- Revisitando a administração Bush

O Às de Espadas foi capturado. Saddam Hussein, inimigo número um ( ou número dois) da mais poderosa nação mundial caiu em desgraça. O grande ditador foi capturado no fundo de um poço, e as imagens de um indivíduo gasto e maltratado correram mundo. Qual cena de um filme, o porta-voz norte-americano anunciava: “apanhámo-lo”. Ao fim do terceiro “take” lá ficou em película, pronto para ser utilizado em “ Rambo 4: a queda de Bin Ladden” , ou outro qualquer épico Norte-Americano com a banda sonora dos Aerosmith.

A administração Bush usa com mestria o orgulho nacional na manipulação de vontades. Os Norte-Americanos têm o direito a amar o seu país, tal como os Portugueses, os Israelitas e os Palestinianos (ou talvez não). Não é justo porém abusar dos sentimentos fragilizados de uma nação, cansada de ataque(s) terrorista(s). É aproveitado esse medo generalizado para justificar todos os actos; se falha a luz será Saddam o culpado? Ou Osama Bin Ladden? O terror psicológico já não é provocado pela Al-Quaeda, mas por suspeitas mais virtuais do que fundadas. É uma forma de repressão muito eficaz, e já largamente utilizada na História Mundial. Utilizar um termo falacioso como “eixo do mal” não é novidade .Ainda nos Estados-Unidos , o Senador Mc Carthy perseguia os inimigos comunistas; no Portugal de Pombal, os jesuítas eram os culpados ; na fábula política de George Orwell, “O triunfo dos porcos”, o culpado era Snowball, o porco idealista. Todos eles tinham os seus fantasmas. Mas esse clima não pode servir para justificar actos como a violação da presunção de inocência. Paradoxalmente, os inimigos de Bush são presumivelmente culpados: se existem razões para pensar que talvez (provavelmente, com sorte, eventualmente, e.t.c.) Bin Ladden estará no Iraque, então ataca-se o Iraque. Podia-se correr toda a Arábia neste jogo. Vinte anos atrás provavelmente Bin Ladden encontrar-se-ia na União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, ou talvez Cuba...
Abrem-se precedentes perigosos. Talvez agora a Índia possa atacar o Paquistão porque eles têm o atrevimento de... olhar de soslaio. Atacar por antecipação é o novo jogo; Spielberg já tinha feito um filme destes (minority report) mas Tom Cruise tem mais charme que o presidente Norte-Americano .

Conseguirá Bush tapar os olhos ao seu povo por mais tempo? O Presidente serve perú de plástico aos seus soldados; confunde deflação com desinflação e gera confusão nos mercados internacionais; assiste a economistas americanos, liderados pelo Nobel Keneth Arrow (num total de 450) a chumbarem o seu pacote fiscal ;o défice governamental deverá atingir os 5% em 2004, temendo-se que este crescimento comprometa o sistema de segurança social do país; a política internacional Americana fomenta desequilíbrios internos e externos; os países desenvolvidos vêem-se obrigados a recorrer ás suas reservas energéticas diariamente. Um movimento descuidado na Casa Branca e lá longe, onde o deserto é rei, levanta-se uma tempestade de areia. George W. Bush e a sua administração estão nos antípodas do Rei Salomão: o ouro herdado do anterior governante torna-se, ao simples toque, em latão velho e enferrujado.

Estes males e erros não podem ser escondidos com caças a homens imaginários como o é Bin Ladden, o pseudo-culpado da situação dos E.U.A., fruto da imaginação de um menino que um dia só quis ser presidente como o seu pai e ainda criança ouvia histórias do déspota que governava a terra de Ali-Bábá, coberta de areia, mas que guardava muitos tesouros no sub-solo...
Quem leu “o Triunfo dos Porcos” sabe que o título não é nada ofensivo. Afinal, os porcos eram os animais mais inteligentes da quinta. A sua supremacia, mais do que anunciada, era inevitável...


dezembro de 2003

sexta-feira, maio 13, 2005

Prémio Camões 2005

in Público:
Escritora brasileira Lygia Fagundes Telles vence Prémio Camões 2005

A escritora brasileira Lygia Fagundes Telles é a vencedora do Prémio Camões 2005, o mais importante galardão literário de língua portuguesa.
Lygia Fagundes Telles, nascida em 1923 em São Paulo, escreveu 16 contos, entre eles “Invenção e Memória” (2000 - que mereceu o Prêmio Jabuti), e os romances “Ciranda de Pedra” (1954), “Verão no aquário” (1963), “As meninas” (1973) e “As Horas Nuas” (1989). Foi a terceira mulher a ingressar na Academia Brasileira de Letras.
O júri da 17ª edição do galardão foi composto pelos escritores António Carlos Sussekind (Brasil), Ivan Junqueira (Brasil), Agustina Bessa-Luís (Portugal), Vasco Graça Moura (Portugal), Germano de Almeida (PALOP) e José Eduardo (PALOP).
A vencedora do Prémio Camões 2004 foi a escritora portuguesa Agustina Bessa-Luís.Já foram distinguidos pelo galardão os escritores Miguel Torga (1989), João Cabral de Melo Neto (1990), José Craveirinha (1991), Vergílio Ferreira (1992), Rachel Queiroz (1993), Jorge Amado (1994), José Saramago (1995), Eduardo Lourenço (1996), Pepetela (1997), António Cândido de Mello e Souza (1998), Sophia de Mello Breyner Andresen (1999), Autran Dourado (2000), Eugénio de Andrade (2001), Maria Velho da Costa (2002) e Rubem Fonseca (2003).


Não conhecendo a senhora em causa (feliz e santa ignorância), fui procurar um pouco sobre a sua obra. Encontrei este texto de 79 em :
http://www.gri.pt/attachs/O%20moço%20do%20saxofone-lygiaftelles74810427.doc

mas ainda não o li. Já venho.

terça-feira, maio 10, 2005

terça-feira, maio 03, 2005

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segunda-feira, maio 02, 2005