segunda-feira, março 20, 2006




. A economia é a senhora frígida que todos tentam estimular .





Pierre-Paul Rubens, Venus frigida.

domingo, março 19, 2006

sexta-feira, março 17, 2006

Bater no velhinho:

Esperança média de vida?



No que diz respeito à vida, a esperança é tudo menos média.

terça-feira, março 14, 2006

Insomnia




Passo noites acordado.
Passo dias adormecido.

Assim é minha sina
Assim moem m'as insónias:

Não durmo porque penso na vida;
Não vivo, pensando em dormir.

domingo, março 12, 2006

Tempo a mais:


Quem
Construa muros;
Outros há que os derrubam;
Eu dedico-me às palavras;edifico ideias,
Imponho ritmos,altero cadências...o meu betão
É a letra,e nela me apoio para erguer.Claro está que,como
Em todos os ofícios,há construções que desabam;outras resultam
Em redundâncias,ornamentos comuns,avatares de loucuras ou pura estupidez.

quinta-feira, março 09, 2006

Pátria


Hoje sim, tenho Orgulho em ser Português.

Sendo eu benfiquista desde pequenino, não podia deixar passar em branco este dia de Glória para o nosso Portugal.





Ah, e houve um tal de Silva que arranjou emprego.
Parece que lhe ofereciam casa, alimentação e transporte.

quarta-feira, março 08, 2006

Indecência


Algo corre mal quando as árvores se tornam objecto de insulto...

quinta-feira, março 02, 2006

A coragem...

Ao longe, nada.
Nada quebrava a monotonia desértica dessa paisagem que confundi com o tempo.
Um nevoeiro cobria o horizonte, uma placenta matinal tolhava-nos os olhos impedindo o assombro face ao futuro.
O futuro: desse, só se adivinha o medo e a prorogação infinita do presente, como em espelhos que se miram.

Mas depois veio Ele.
De um ponto longínquo e luzidio, quebrando a horizontalidade do fim da esfera, cavalgando entre ventos e poeira.
Marchava só, ainda que para ele convergissem a fé, a esperança dos velhos e a certeza das crianças; marchava sempre só.
Quando dele os olhos afastei, não suportando mais aquela febril vaga, reparei em 10 outros que o seguiam. Dez que corriam atrás dele. Não almejavam alcançá-lo, sabiam dos seus poucos limites. Mas não tinham dúvidas do seu profeta.

E assim veio Ele, rompendo o nevoeiro, atravessando barreiras, trespassando o ar. Fez do seu corpo bandeira, da sua voz um hino. Fez-se ilusão Homérica, repôs Sebastião no trono e avançou, sozinho, reclamando para si o Quinto Império. Alcácer Quibir era história, e do passado se alimentam ou outros- e não Ele.

Ele desfez os Sauditas que bradavam impropérios com a mesma mestria com que alçavam a pesada espada.
O sangue de sépia dos cães infiéis entornou-se na areia.

Veio, Viu e Espetou dois golos naqueles gajos.