Olá.
Como estão?
Chove, eu sei.
Paciência.
Passará, como tudo.
Mas chega de conversa fiada.
O meu propósito na vida é simples: ajudar-vos a verbalizar sentimentos; materializá-los em frases e expressões, para que, comandando a vossa linguagem, tomem também comando da vossa vida.
E deixo-vos uma sugestão nesse sentido:
Da próxima vez que alguém vos descrever algo de uma forma perfeita ou intocável, usem a expressão: “E a mousse é caseira, não?”
E passo a exemplificar:
Ele: Tens de a conhecer. Ela é perfeita. É bonita, inteligente, simpática, e lava os dentes.
Vocês (em coro): Pois…E a mousse é caseira, não?
Esta pequena (mas poderosa) expressão proporciona uma bofetada de lorpice, deixando o primeiro narrador num estado de incredulidade, dado que:
.1 Ele nunca ouviu essa expressão antes, e é mesmo gira.
.2 “e a mousse é caseira” funciona como um contraponto à primeira imbecilidade proferida e, por ser também uma expressão bastante parva, chama a atenção para a estupidez inicial, (“bonita” e “inteligente” são atributos subjectivos e, infelizmente, raramente associáveis) devolvendo o narrador à realidade. E porquê? Porque a mousse é sempre caseira, mesmo não o sendo.
Obrigado. Voltarei em seguida para a minha caverna.
Deixo-vos com o Checo e com o ancião.
Hoje, na radio olho:
-Glass , Kode9 and Space Ape