terça-feira, fevereiro 28, 2006

For Schizzle.


"Estes episódios levam-no a pôr de parte a hipótese de se reconciliar com o PSD?

Já disse que não voltaria ao PSD enquanto fosse liderado por Marques Mendes.

A questão é da esfera pessoal?

Claro que é pessoal! Não se vê que ele tem para comigo uma relação de ódio e inveja?

Durante anos, foi presidente da AM. Colaborou consigo.

Foi presidente da AM, nomeei-o para a administração da Universidade Atlântica, fui eu que pedi a Durão Barroso que o levasse para o Governo. Ele dizia de Barroso o que Maomé não diz do toucinho, mas no dia em que o PSD ganhou as eleições deu-se o milagre descobriu que Durão Barroso dava um bom primeiro-ministro. Mudou de opinião e foi para ministro. É líder do partido e os militantes é que sabem qual o líder que querem. Fui bode expiatório de Marques Mendes até às autárquicas. Aí, ele pôde pautar-se pela defesa dos valores - não sei quais são os dele. Continua a querer julgar-me na praça pública, mas os cidadãos de Oeiras, se não tivessem confiança, não teriam votado em mim."



-Entrevista a Isaltino Morais (renegado do Star System político português) ao Jornal de Notícias.
Porque a poesia brota de todas as fontes.

quarta-feira, fevereiro 22, 2006

Renovando a identidade:

De todos os processos burocráticos que nos oferece a nossa competente, civilizada e avançadíssima civilização, a renovação do bilhete de identidade é a que me suscita maior interesse: ter a oportunidade de fazer um resumido balanço da minha existência traz-me prazer; uma avaliação estática de um processo dinâmico. Solteiro? Ainda. Quem me pariu e com a ajuda de quem? Que número é o meu? O meu número? Que número me foi atribuído? Uma foto? Actualizar a minha imagem? Serei válido por quantos anos? Quanto falta até prescrever? O meu dedo negro no papel.

A funcionária mede-me e, desconfiada, espreita por cima do balcão para verificar as solas das Adidas. Não. Não estão viciadas, e oferece-me mais dois centímetros. Hoje sedimentei a minha posição dentro do clube dos metros e oitenta; vivia eu na ténue linha entre as 70 dezenas de centímetros (para além do metro estrutural que me caracteriza como humano-não-liliputiano) e a classe imediatamente superior. Antes tinha 1m80cm, e não sabia onde pertencia. Agora posso afirmar que me distingo como membro semi-alto da existência humana.
Não sei quem sou, mas sei quanto meço.

Para me congratular com esta pequena vitória, levei o Sebald para um café.
3 Velhotes colados no pequeno ecrãn vendo o mundial de surf e nenhum deles parece ter notado que cresci.

segunda-feira, fevereiro 20, 2006

Cara Rita:

5 Traços da personalidade:

-Opacidade.

-

-

-

-





5 hábitos estranhos:

-Desejar ser o quarto Beastie Boy;

-Barrar com manteiga o pão... com fiambre;

-Não querer saber da Irmã Lúcia;

-Saber os nomes de todas as persongens do Dragon Ball;

-Ser absolutamente niilista.





Right back at ya, girl.






(os links vão sendo actualizados diariamente. Peço desculpa pela falta de publicidade, caro(a) leitor(a)... se o seu link não se encontrar na sidebar, e tiver alguma reclamação/sugestão a fazer, sabe bem onde pode metê-la)

quinta-feira, fevereiro 16, 2006

Pontos.

Ponto 1.
Tendo presente o complicado contexto em que se insere qualquer comentário político-religioso-jocoso no momento actual, queria desde já pedir as mais sinceras e apologéticas desculpas pelo despropositado post que encontrou caminho até este pasquim. A Cantina é um espaço de liberdade, mas o seu criador acredita nessa linha ténue que separa as massas: o bom senso. Desde já aviso que me penitenciarei para todo todo todo todo todo o sempre.
Bane-se assim deste mural, desta missiva em capítulos, qualquer tipo de conteúdo irónico que venha a assolar a liberdade individual de cada um.
Olé.

Ponto 2.

Killing an Arab


Standing on the beach
With a gun in my hand
Staring at the sky
Staring at the sand
Staring down the barrel
At the arab on the ground
See his open mouth
But I hear no sound
I'm alive
I'm dead
I'm a stranger
Killing an arab
I can turn
And walk away
Or I can fire the gun
Staring at the sky
Staring at the sun
Whichever I choose
It amounts to the same
Absolutely nothing
I'm alive
I'm dead
I'm a stranger
Killing an arab
I feel the silver jump
Smooth in my hand
Staring at the sea
Staring at the sand
Staring at myself
Reflected in the eyes
Of the dead man on the beach
The dead man on the beach
I'm alive
I'm dead
I'm the stranger
Killing an arab


Killing an arab , The Cure


É uma música muito melódica.
Gosto muito.

quarta-feira, fevereiro 15, 2006

Valentine's day

Dois amigos, num 14 de fevereiro de um ano muito barroco.




Bernini- Que a vida te ilumine neste dia feliz!

Borromini- Feliz é o Senhor, e Ele não tinha namorada.

Bernini- Isso é que tinha. E a virgem?

Borromini- A virgem fodeu-se.
Como no êxtase da tua Teresa.
Sonhando com anjos eunucos e roçando os lábios com as níveas mãos.



em cima: particular d' "O êxtase de Santa Teresa", de Bernini.

terça-feira, fevereiro 14, 2006

Peace out

Freitas, o grande diplomata, foi alvo de elogios por parte de Mohammed Taheri, embaixador do Irão em Lisboa. Mohammed considerou que "o ministro Freitas do Amaral teve uma posição que deve ser destacada. Disse coisas muito positivas e muito lógicas".



Outras declarações atribuídas a Mohammed Taheri, registadas pela Antena 1:

O representante do Irão em Lisboa disse ainda que é normal que o presidente do seu país queira organizar um seminário sobre o tema do Holocausto: «A liberdade afinal termina quando se fala de Holocausto?».
O embaixador diz que «há muito por contar» e que ele próprio esteve em Auchvitz e fez «as contas». «Para incinerar seis milhões de pessoas seriam precisos 15 anos, por isso há muito que explicar e contar».







Epá, Freitas....... se fosse a ti, não jogava à bola com estes gajos.












"Peace out"
-Kip Dynamite

segunda-feira, fevereiro 13, 2006

Goal

Freitas propõe diplomacia do futebol

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Freitas do Amaral, garantiu, ontem, que até agora não foi feita qualquer ameaça junto de representações diplomáticas portuguesas. Porém, disse ser "necessário construir pontes de entendimento" para evitar o confronto entre o Ocidente e o mundo árabe. "Já chegou o Muro de Berlim e o muro construído recentemente entre Israel e uma parte da Palestina. Não vamos agora fazer um muro no Mediterrâneo!", salientou. Para Freitas do Amaral não bastam encontros entre ministros. São necessárias outras iniciativas "Por que não, além do campeonato do Mundo e do campeonato da Europa de futebol, fazer um campeonato euro-árabe? Acho que era uma das coisas que mais podia aproximar".



Boa Freitas.

Grande jogada.

quarta-feira, fevereiro 08, 2006



Fumar prejudica a produção de esperma e pode causar infertilidade.
Óptimo. Um excelente contraceptivo, portanto.


Sugiro a distribuição gratuita de Luckies nos centros de planeamento familiar.

quinta-feira, fevereiro 02, 2006

Madaíl e o Euro 2004

Na trigésima sexta hora do dia, Gilberto cedeu às pretensões do corpo. O cansaço aconchegou-o entre os cobertores, a ansiedade fê-lo revolver-se na cama e a insónia colocou-lhe o comando entre as mãos. 56 canais depois, Gilberto sentiu o polegar latejante. Os olhos estacionaram num filme qualquer com o Kevin Costner, sobre fantasmas e basebol.
O descanso apanhou-o desprevenido.


Eram três da manhã quando Gilberto, entre sonhos irrequietos, acordou.
O suor corria-lhe na face.
As palavras escorriam-lhe da boca:
"Build it, and they will come".



quarta-feira, fevereiro 01, 2006

Sweet Love

Lena: Casamo-nos em Espanha?

Teresa: Aceito.


Lena: Aproveitamos e enchemos o depósito. E compramos tabaco.