sexta-feira, abril 29, 2005

Globalização -provavelmente uma das palavras cliché do século XX, que cairá tendencialmente no desuso. Mais do que um substantivo, designa um processo, uma tendência ou variável contínua, no âmbito da aproximação de culturas, hábitos, consumos, pessoas e ideias. Significa unificação, não no sentido estático, mas sim dinâmico, na procura do número 1, no qual se encontrará o limite da igualdade do mundo.

Nesse ponto, em que a aproximação não poderá avançar mais, deixará de fazer sentido distinguir países, credos ou raças, visto que pertenceremos todos sem excepção a uma raça uniforme, fruto da evolução e da convergência - seremos representantes máximos da nossa espécie, mas desta vez não em termos subjectivos e variáveis como hoje, onde existe ainda margem de manobra - representaremos o topo da evolução enquanto Humanos. Seremos Africanos, Americanos e Europeus, seremos Homens e Deus. Seremos iguais entre nós e entre Tudo.

No limite, o mundo será uno, e assim não se ouvirá falar de globalização, pois o processo terminará vítima do seu próprio sucesso. O rasto da globalização apagar-se-á a si próprio, pois não haverá espaço para continuar. Não temos opção senão aceitar este facto, quer pela força desta tendência, quer pela inutilidade dos protestos. A história é determinística, e é assim que se desenrolará, logo não faz sentido pensar sequer noutras realidades (oh, poderia ser tudo tão diferente!).Serás igualzinho a mim.

Assim sendo, queria deixar o meu apoio ao governo do Dubai, que faz os possíveis para unificar valores como a estupidez. Se o mundo ocidental pauta as suas políticas por esse critério, faz todo o sentido a forte posição tomada pelo governo dos Emirados Árabes Unidos, ainda que pareça injusta a decisão tomada em relação a Ivo ferreira. Se a estupidez é assumida orgulhosamente pelos países da frente, exemplos destes devem ser seguidos, para bem da convergência; países, culturas e religiões diferentes perseguindo os mesmos objectivos.
Porque acima de tudo temos de manter a objectividade da rota globalizante traçada. E se a justiça é subjectiva, a estupidez, essa, é objectiva e universal, logo deve ser estimulada. Para que todos possamos servir sobre a mesma bandeira.

Deus abençoe o mundo.

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