Ontem à noite, por todo o país, militantes do Bloco de Esquerda passaram a pente fino os céus portugueses, à cata de aviões da C.I.A. “É fácil encontrá-los, basta sentir o cheiro sujo do capitalismo”, disse Francisco Louçã.
Louçã passou a noite acampado junto ao Aeroporto da Portela, reunido com os seus jovens peões, tocando djambé em acção de protesto contra a violação dos direitos humanos cometidos pelo governo dos Estados Unidos da “plutocracia”, como verbalizou o líder do partido. “Dançamos nus à vista da nossa irmã Lua, uivando contra o sistema”.
Na mesma noite, o núcleo bloquista do Porto comandado por João Teixeira Lopes juntou-se na Serra da Agrela, localidade situada a 10 quilómetros do Aeroporto Francisco Sá Carneiro, com as prostitutas, chulos e bêbados desdentados que povoam aquela localização, “lendo Marx, bebendo tinto e fumando o corpo de Marley; Esta serra será, por hoje, o monte Zion, símbolo da liberdade individual, e némesis da Babilónia americana”, disse Teixeira Lopes, antes de por a tocar um vinil dos “Grateful Dead” e de dar iniciada a manifestação com o já tradicional jogo do gelo.
Por todo o país se avistam jovens dançando folk e decorando à ultima hora as letras de diversas canções de Fausto e José Mário Branco, gritando “O sistema é um problema” e “Estaline é inocente”.
O sucesso da operação levou os dirigentes do Bloco a considerar a criação de um festival de verão, cujo nome provisório é “Adiante”.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
muito produtivo andaste hoje!!!
ehehehe
gostei... realmente gostei!
Enviar um comentário